CURIOSIDADES FISIOLÓGICAS
SISTEMA RESPIRATÓRIO
O soluço é
resultado de uma contração involuntária do diafragma, um fino
músculo que separa o tórax do abdômen e que, juntamente com os
músculos intercostais externos, é responsável pelo controle da
respiração. Seus movimentos de contração e relaxamento permitem que
inspiremos e expiremos o ar e são controlados pelo nervo frênico,
situado logo acima do estômago. Os incômodos do soluço surgem
a partir de uma irritação do nervo frênico, cujas causas podem ser
diversas (distensão gástrica pela ingestão de bebidas com gás,
deglutição de ar ou alimentação em grande volume; mudanças súbitas
da temperatura de alimentos ingeridos; modificações da temperatura
corporal, como sauna seguida de ducha gelada; ingestão de bebidas
alcoólicas; ou até mesmo gargalhadas). Quando ele fica ou
sensibilizado, envia uma mensagem para o diafragma se contrair, o
que dispara o soluço.
O característico
barulhinho "hic, hic" surge quando ocorre fechamento súbito da
glote (abertura superior da laringe, onde se localizam as cordas
vocais), produzindo vibração nas cordas vocais.
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2- Susto cura soluço? Por que?
Sim. Quando levamos um
susto, provocamos uma forte inspiração, levando a um aumento do volume de ar
nos pulmões. Os pulmões pressionam o diafragma, fazendo com que ele se
estique e volte a funcionar normalmente. Mas existem maneiras menos
drásticas que também funcionam: tomar um copo d'água com nariz tampado ou
inspirar e segurar o ar por alguns instantes.
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3- Como acontece o reflexo da tosse?
Os brônquios e a traquéia
são tão sensíveis a um toque leve, que quantidades mínimas de material
estranho ou substâncias que causam irritação iniciam o reflexo da tosse.
Impulsos nervosos aferentes passam das vias respiratórias (principalmente
pelo nervo vago) ao bulbo (medula oblonga), onde uma seqüência automática de
eventos é disparada por circuitos neuronais locais, causando os seguintes
efeitos:
- inspiração de até 2,5
litros de ar;
- fechamento da epiglote e
das cordas vocais para aprisionar o ar no interior dos pulmões;
- contração forte dos
músculos abdominais e dos músculos intercostais internos, empurrando o
diafragma e provocando aumento rápido de pressão nos pulmões (de 100 mmHg ou
mais);
- abertura súbita das
cordas vocais e da epiglote e liberação do ar dos pulmões sob alta pressão.
Desta forma, o ar que é
expelido de forma explosiva dos pulmões para o exterior se move tão
rapidamente que carrega consigo qualquer material estranho que esteja
presente nos brônquios e na traquéia.
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O reflexo do
espirro é muito parecido com o reflexo da tosse, exceto pelo fato de
se aplicar às vias nasais, ao invés das vias respiratórias
inferiores: o estímulo que inicia o reflexo do espirro é a irritação
das vias nasais. Impulsos aferentes passam do quinto par de nervo
craniano ao bulbo, onde o reflexo é disparado. Uma série de reações
semelhantes às do reflexo da tosse acontece, grandes quantidades de
ar passam rapidamente pelo nariz, ajudando, assim, a limpar as vias
nasais.
Você sabia
que:
- o ar que sai
das narinas durante o espirro atinge em média 150 Km/hora?
- ao espirrarmos
espalhamos aproximadamente 40 mil gotículas de saliva?
Pois é, por isto o
espirro é uma excelente fonte de transmissão de doenças
respiratórias.
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Tirando o mito
primeiro: não é porque os olhos podem sair da órbita que
os fechamos ao espirrar (UFA)!
Quando uma
partícula estranha entra no corpo pelas vias nasais, estimula os
receptores locais que, por meio do nervo trigêmio (que coordena os
movimentos da face), avisam o tronco encefálico que é hora de entrar
em ação.
Ao receber a
mensagem, o tronco encefálico reage imediatamente à invasão, gerando
uma série de impulso motores que contraem o abdômen, o tórax e o
diafragma, até chegar ao nervo facial.
Os reflexos que
chegam ao nervo facial também desencadeiam movimentos para expulsar
a partícula estranha. Essas contrações atingem diversos músculos da
face, incluindo o músculo orbicular, que controla o abrir e o fechar
dos olhos. Como resultado de todo esse esforço, fechamos os
olhos.
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